quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Entender para desfrutar

Mas afinal, o que é Said?

É um ritmo, é lugar ou é uma dança?

Quem respondeu os 3, acertou!!!

Said é uma região localizada no Alto Egito, esta região também dá nome ao ritmo said, um dos mais populares utilizados em diferentes estilos de dança atualmente. Nessa região surge o 'Tahtib', uma dança masculina onde os bailarinos utilizam longos bastões de bambu chamados de assaya, dessa tradição Said surgiu a 'raqs el assaya', ligando o nome á pessoa: raqs=dança, e assaya = bastão, que também é conhecida por  dança said,  utiliza o ritmo de mesmo nome em suas músicas.
A esta dança são incorporados passos da dança Baladi, conferindo delicadeza e graça a ela...
Mas essa já é outra história.....
Namastê.


Curso de formação em dança do ventre-módulo 2.


domingo, 23 de outubro de 2016

Flavia Oliveira Dança do Ventre-20 anos





Olá queridos leitores e apreciadores da arte da dança do ventre.

Então, foi assim, num piscar de olhos que se passou 20 anos?????
Foram muitas danças, muitos shows, muitos festivais, não conseguiria contar as coreografias criadas...
Quantas aulas montadas? Não sei, mas se quiserem podemos calcular... 4 a 5 horas diárias de aulas + 2 a 3 horas para montagens de aulas e coreografias, sem contar ensaios extras para eventos e shows. Agora se falar em Festival, podem dobrar as horas ....

Tudo por um bom motivo, um excelente motivo: Ver bailarinas se expressarem através da música oriental, com movimentos corporais belíssimos aliados a expressão facial, e, é claro, aquela maravilhosa sensação de vê-las dançar com a alma.
Quantas alunas? Não sei, foram muitas.....
Qual o objetivo? O meu objetivo ? 
Levar qualidade de vida ás mulheres que procuram a dança como um ponto de partida para um encontro com seu sagrado feminino.

Mais do que a minha própria satisfação com ela, a dança me proporcionou melhoras incríveis a nível de auto conhecimento, a vontade de ajudar as mulheres sempre foi maior em mim, e isso é algo pessoal,  nasci com o compromisso de levar atitude feminina a todas que se propusessem encontrá-la. Isso acontece  quando aumentamos o seu brilho de mulher, incentivamos a acreditarem em seu potencial, fortalecemos sua auto estima, e sempre fazemos questão de lembrá-las o quão especiais elas são.

Isso aliado a aulas que sempre tive o cuidado de não ser somente terapia, mas algo que colaborasse para a melhora física, com alongamentos constantes, exercícios físicos e preocupação com a resistência física de cada uma, pois corpo são, mente sã.
Fiz o que fiz, da melhor forma que pude, estudei muito, sobre os mais variados assuntos, mas sempre com o cuidado de não me achar 'sabida' demais, aquele que não se senta pra aprender, não ficará em pé para ensinar. Uma vez professora, nossa responsabilidade se multiplica,  porque vc é questionada em diversos assuntos , e precisa responder algo que edifique a criatura  e todos os outros seres humanos á sua volta receberão a reverberação das atitudes tomadas sob influência do conselho de sua professora, então acabamos, professores de educação física, de dança, de relacionamentos, conselheira sexual, familiar,enfim.....

Uma coisa sempre é constante nos grupos femininos: A disputa, a concorrência, o ego e a exclusão nata, de uma parte das mulheres, quanto detectam ameaça ou concorrência em  sua aula, ou até em sua vida. E acredito ser esse o maior desafio de uma professora de dança, controlar os ânimos inflados pelos egos e vaidade exagerada, que, no começo não aparecem, estão adormecidos, ou escondidos, talvez amordaçados. 
 Mas com a rotina das aulas, serão colocados pra fora em algum momento, como outros sentimentos que tmbm serão trabalhados,  e aí o grupo pode começar a 'rachar', pois a vaidade e a vontade de ter maior atenção, dançar na primeira linha, ter destacamento especial em algum momento, vai detonar uma verdadeira bomba nuclear na sua sala de aula. Isso acontece em grupos de dança, bandas, e podem observar, grupos femininos geralmente tem vida muito curta.
Ai é hora de frear os ânimos, esfriar as coreografias, focar em exercícios e fortalecer o psicológico das bailarinas.... Na maioria das vezes funciona muito bem, e esse primeiro contato com a 'fera' interior se transforma em auto conhecimento. Aí, é lindo de ver, bailarinas evoluindo na dança  tanto quanto evoluem na vida! A maioria assimila muito bem e alia a evolução física, mental e terapêutica da dança nas suas vidas, e como consequência disso, elas vivem melhor e as pessoas relacionadas a elas também: Maridos, filhos, colegas de trabalhos, etc. Isso gera uma corrente positiva que é passada de pessoa para pessoa.

Mas nem sempre é assim, as vezes pegamos alunas psicologicamente doentes, e o efeito é contrário, todo  poder curativo que deveria ser aprendido é usado contra a professora, e os efeitos são catastróficos. Uma espécie de corrente negativa se forma e no caso de termos alunas não fortalecidas,  as vezes pelo simples fato de serem novatas no grupo, faz com que elas sejam arrastadas e atraídas para a  negatividade e para a formação de um sub grupo, e aí é só esperar pelos resultados que não são nada bons: novas professoras  nascendo de uma energia instável, mágoas (pois a mente doente acredita que tudo que era dito em sala de aula era pra ela, e não pra todas) gerando ira e super ego.
 No princípio tudo parece funcionar bem com o novo grupo formado, mas com o tempo essa energia fluirá, e as consequências podem ser de vários níveis nas vidas das pessoas que fazem parte deste grupo.
A dança do ventre tem professores para todas as propostas de vida, suas vertentes são,  eu diria, infinitas, vão desde professoras amáveis, realmente preocupadas com suas alunas, passando por professoras que só usam a arte para se promoverem, outras pensam apenas em ganhar dinheiro, eu já vi quase de tudo, mas continuo me surpreendendo.
Desejo apenas que a dança não perca em conteúdo, todo seu potencial curativo, e que nós nos lembremos sempre de onde, como e por quê ela nasceu, qual a sua finalidade, para que ela esteja sempre disponível para quem realmente é capaz de carregar este legado com honra e dignidade.

Namastê.








segunda-feira, 6 de junho de 2016

sexta-feira, 18 de março de 2016

O papel do véu na dança do ventre

Matéria publicada no jornal AN on line/março/2016

http://www.annoticias.com.br/Colunistas/flavia-oliveira/o-papel-do-veu-na-danca-do-ventre-colunista-flavia-oliveira