terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dança Egípcia





No Egito, bem como em outras antigas civilizações, a dança tinha um caráter sagrado. 
Sua invenção era atribuída a Bes, um deus-anão originário da Núbia, que usava pele de leopardo – que protegia contra a feitiçaria e favorecia um parto rápido – mas quem ditava as normas da dança era Hathor, deusa representada por uma vaca que carregava o disco solar entre os chifres ou também por uma mulher com cabeça de vaca portando o disco solar. Afff, mas quanta superstição!
O principal centro do culto de Osíris ficava em Abydos. Ali, todos os anos, antecedendo a época da cheia do rio Nilo, realizava-se um festival que dramatizava o mito diante de milhares de fiéis. Em procissão solene, os sacerdotes entravam no templo acompanhados por músicos e dançarinas.
E dançava-se o mistério de Osíris a quem se atribuía, entre outros feitos, ter ensinado a agricultura aos homens. 
Um irmão invejoso, Set, matou-o e desmembrou seu corpo em quatorze pedaços. Ísis junta as partes e devolve a vida ao irmão-marido que, no entanto, prefere continuar reinando no mundo subterrâneo. 
Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos como a ponte: pés e mãos apoiados no solo sustentam o corpo arqueado.
As imagens raramente indicam saltos. 
O acompanhamento musical era feito por flautas e tambores.
A participação feminina predominava, pelo menos no que se refere à dança religiosa. 
Desenhos, altos-relevos, estátuas mostram dançarinas freqüentemente aos pares sobressaindo entre o grupo de instrumentistas. 
Por vezes, elas estão nuas ou usando apenas uma saia comprida cuja barra contém caprichosos desenhos geométricos. Seios de fora, olhos supermaquilados, adornos nos pulsos e tornozelos também são retratados na dança egípcia.

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