quinta-feira, 17 de maio de 2012

Curiosidades do mundo da dança do ventre.




Você sabe o que seria a dança do ventre gótica (gothic bellydance)?

À primeira vista podemos perceber que é uma faceta da dança do ventre tribal, tanto que aqui no Brasil não há uma distinção clara entre estes dois estilos, as dançarinas assumidamente tribais investem em elementos comuns ao estilo gótico, mas não se posicionam como dançarinas puramente góticas. Muito diferente do que acontece nos Estados Unidos, berço do estilo tribal e do estilo gótico, este último é visto como um estilo independente, já com uma produção própria de dançarinas, vídeos e shows. Todas essas variações criadas no berço norte-americano, em sua maioria, se caracterizam pelo termo Bellydance Fusion, e não só encontramos o estilo gótico, mas também cigano, nipônico, indiano, entre outros, associados à dança do ventre.

estilo gótico já existe há mais de 10 anos, tendo se definido melhor há uns 5, proveniente das tribos urbanas góticas dos EUA, combinando música indiana e do Oriente Médio com música ocidental, especialmente Metal Gótico, Metal Punk e recentemente techno. As bandas que contribuíram para compor o repertório dessas dançarinas, por exemplo, foram The Sisters of Mercy, Dead Can Dance, Vas e Faith and The Muse.

estilo gótico se divide em duas subcategorias: a dança profundamente fundamentada na cultura gótica, seria o puramente gótico, e a outra seria a de inspiração gótica, isto é, que agrega elementos, mas não se estrutura em estudos e composições desta cultura. Podemos dizer que a primeira é para os aficcionados, aqueles que mergulham e trazem na dança elementos percebidos por quem é do meio, e a segunda é para quem busca o entretenimento simplesmente. A dança do ventre gótica não visa parecer "estranha", ou um "filme de terror caseiro", ela tem como finalidade transformar em arte o lado obscuro da alma (profundo, não?). Para isso a bailarina, sozinha ou em grupo, procura desenvolver um vocabulário de dança que mostre compenetração, sedução, sofrimento, usando até mudras (posições sagradas indianas) para evocar uma aura de encantamento e mistério. As apresentações são sempre coreografadas, trabalhadas, toda a dança segue um objetivo: criar uma dimensão nova, que exprima dança e sentimento unidos em uma densa interpretação.

O figurino das bailarinas não fica atrás das dançarinas tribais, mas alguns elementos se destacam: o preto, as peças metálicas e as roupas feitas de materiais plásticos. As bailarinas investem em maquiagem drag e um penteado elaborado, assim como no estilo tribal, mas todo o visual tem um quê dark, podem usar meias arrastão, couro, espartilhos, tudo preto, beeeem preto! Maquiagem para ficar bem pálida também é o objetivo, resumindo: o visual é vampiresco mesmo!
 Realmente é um outro mundo!





Diferentes Estilos de Dança do Ventre - Estilo Americano

Ao longo do século XX, surgiram casas noturnas de imigrantes do Oriente Médio onde vários deles se reuniam para apreciar a música e a dança de seus países. Geralmente, eles eram um grupo misto formado por árabes, armênios, turcos, gregos e persas. A música seria uma mistura de canções populares de todas essas diferentes culturas. As dançarinas eram as próprias imigrantes e, mais tarde, seriam americanas que se apaixonaram pelo Oriente Médio após conhecerem sua cultura, música e dança. Elas aprenderam através de filmes, postais, pinturas e qualquer outra coisa que chegasse às suas mãos. E assim surgia um estilo único de Dança Oriental que misturava influências de diferentes países do Oriente Médio e muita imaginação.

Algumas das características que diferenciam o Estilo Americano, além de uma grande mistura de elementos de várias culturas do Oriente Médio, incluem uma maior utilização dos snujs, danças com véus, espadas e cobras. Alguns nomes importantes desse estilo incluem Nejla Ates, Ozel Turkbas, Semra, Morocco, Serena Wilson, Ibrahim Farrah, Bert Balladine, Jamila Salimpour, Nakish, dentre muitos outros. Da nova geração, Ansuya e Piper são grandes representantes do Estilo Americano.

Estilo Americano Contemporâneo

Muitas dançarinas americanas e outras dançarinas em todo o mundo dão continuidade à eclética tradição do Estilo Americano de Dança do Ventre, fundindo vários elementos de diferentes culturas do Oriente Médio. Muitas delas levaram a coisa mais adiante e incorporaram elementos como Jazz, Balé, Dança Moderna, Dança Latina, Dança Espanhola e Flamenco, Dança Cigana, Hip Hop, Dança Indiana, etc. Além disso, as dançarinas procuraram viajar para o Oriente Médio para saber o que as comunidades de dança do Egito, Líbano e Turquia estão desenvolvendo atualmente.

Enquanto as dançarinas continuam tendo um forte vocabulário com base árabe ou turca em seu repertório, uma grande variedade de fusões é aceita sob o título de "Dança do Ventre". Dessa forma, há também uma tendência maior de apresentações no estilo teatral.

Ainda que existam estilos definidos de Dança do Ventre, há uma constante troca de elementos entre todos eles. Muitas dançarinas que poderiam se encaixar na categoria de Estilo Americano podem ao mesmo tempo se encaixar em outro estilo. Por exemplo, a dançarina Jillina, coreógrafa do Belly Dance Super Stars, inclui uma boa dose de fusões em suas coreografias em grupo, mas como dançarina solo utiliza um estilo próximo do que pode-se chamar de Estilo Egípcio Moderno.

Algumas notáveis dançarinas e alguns grupos que realmente representam as tendências da Dança do Ventre Americana Contemporânea incluem: Suhaila Salimpour, Belly Dance Super Stars, Bellyqueen, Dalia Carrella (para sua "Dunyavi Gipsy"), Elena Lentini e Tamalyn Dahlal (para as suas apresentações teatrais), para citar apenas alguns nomes.





Dança do ventre: Apreciem sem moderação, meninas!

Namastê!!!
Flavia Oliveira.

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